“Fiquei três noites sem dormir, pensando na casa nova”, diz moradora

Lúcia Utzig de Andrade, 59 anos, vem sentindo reações que há muito tempo estavam ausentes e está “dando pulos” de felicidade depois de uma ótima notícia, como ela mesma define, sobre algo que espera há mais de um ano. “Na sexta-feira, um dia antes do feriado, a Secretaria de Habitação veio me dizer que na segunda começariam a desmanchar minha casa velhinha para dar lugar a um novo começo na minha vida”, detalha. E a palavra dita se cumpriu. Na manhã desta segunda-feira (14), operários contratados pela Prefeitura de Lages iniciaram a derrubada do imóvel.
As estruturas da cozinha (onde estão sendo guardados os pertences) e do banheiro serão mantidas. De resto, todas as peças de madeira, telhado e fiação de energia elétrica serão modificadas e doadas para o espaço de 30 metros quadrados, tamanho padrão adotado pelo Município. A moradia antiga, com uma cozinha, uma sala, um banheiro e três quartos, corrompida pelas dezenas de anos de idade e pelas intempéries, compunha uma antiga vila militar na rua Luiz Gonzaga Proença, no Universitário. “Fiquei três noites sem dormir, pensando na casa nova. Chego a tremer quando penso nisso. Mais do que servidores, esses se tornaram nossos amigos”, confessa, referindo-se aos carpinteiros, serventes e eletricistas.

Sem conter a emoção e o tremor ansioso das mãos, a dona de casa, acompanhada do marido, o soldado autônomo Hairton Corrêa de Andrade, 65 anos, não arredou o pé do pátio da residência, conferindo cada tábua despregada, deixando para trás um passado de medo e perigos. O filho do casal trabalha como funcionário público municipal. Já Hairton está aposentado há aproximadamente um mês.
A família sobrevive com cerca de dois salários mínimos. “Por isso que nossa casa nunca foi feita. Até havíamos decidido de juntar dinheiro e ir comprando o material aos poucos, mas não deu. Eu fazia a minha casa apenas por pensamento”, diz Lúcia, relembrando das condições precárias. “Minha casa já não tinha barrotes, o que propiciava a proliferação de bichos, como ratos, um disseminador de doença; e peçonhentos, as aranhas, muitas aranhas. Hoje eu estou bem, eu estou feliz”, revela.

Comentários

Anônimo disse…
Pessoas de bem,merecem a ajuda,sempre ajudando o proximo sem medir esforços ,assim é a vida desta familia,que sempre trabalhou sem fazer mal a ninguem.Fico Feliz com o casal e que agora eles aproveitem a morada nova com muita alegria.Que Deus abençoe a todos.Neusa

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