O Último Tirão Inédito: lageano conquista o primeiro lugar na Sapecada da Canção Nativa

A noite desta terça-feira (2) ficará marcada na memória dos lageanos amantes da música nativista como uma data histórica. 
Pela primeira vez um lageano conquistou o primeiro lugar na Sapecada da Canção Nativa, que está na sua 23ª edição. Kiko Goulart foi o intérprete da composição 
“O Último Tirão”, uma chamarrita, que tem como autor Rogério Villagran, de São Gabriel (RS), e foi considerada a melhor do evento este ano. Ele recebeu o troféu das mãos do prefeito interino Toni Duarte.
Muita emoção marcou a final do festival. As ruas do entorno do palco Nativista, no parque de exposições Conta Dinheiro, estiveram lotadas por amantes do nativismo e simpatizantes da cultura gaúcha. Todos na expectativa para a grande noite que consagraria as melhores composições, defendidas por intérpretes e instrumentistas conhecidos nacionalmente.

Kiko Goulart ainda conquistou o segundo lugar interpretando a milonga “Algo D’antes”, com letra de Rafael Machado. Também foi escolhido pelos jurados como o melhor intérprete defendendo a mesma música, e melhor arranjo e melhor melodia com o “Último Tirão”. O terceiro lugar ficou com a chamarrita “Moço Domero, Moça Bonita”, interpretada por Cristian Camargo e letra de Rogério Villagran.

O lageano foi ovacionado pelo público e coberto por abraços carinhosos de reconhecimento na descida do palco. “Nos tempos de escola eu vinha para o parque de exposições na época da Sapecada e ficava ouvindo as passagens de som. Lembro que me encantei com a interpretação de João de Almeida Neto. Achei tudo maravilhoso e participar do festival sempre foi meu sonho. Ofereço esses títulos a todos os lageanos que torceram por mim”, agradece.
Uma das organizadoras e criadoras do evento, Carla Arruda, que acompanha o festival desde sua primeira edição, comenta emocionada a grande conquista da noite. 
“Eu não poderia me aposentar sem antes ver um lageano erguendo o troféu de primeiro lugar na Sapecada da Canção Nativa”, diz.
Emoção a flor da pele
A cada ritmo apresentado, seja a doce milonga, a animada chamarrita ou um chamamé que chama a todos para dançar, uma emoção diferente. 
E logo o público se manifestava. A torcida pelos favoritos era evidente e a energia dos seus admiradores transmitida aos intérpretes, que respondiam em forma de versos e explosão musical.
Os sete jurados que tinham a missão e a responsabilidade de avaliar e julgar os melhores da noite estavam atentos a cada nota dos instrumentos e a cada palavra dita com fervor por seus defensores. E como não poderia deixar de ser avaliada, a emoção passada a cada refrão correspondida na plateia e contava pontos. A voz feminina, com toda sua delicadeza e sutileza, marcou presença em algumas canções e arrancou aplausos, evidenciando a forte presença das “prendas” das estâncias na vida no campo.

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