Um projeto do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através do Departamento de Engenharia Ambiental, patrocinado pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente, tem o objetivo de avaliar o nível de contaminação da água do rio Carahá através de análises biológicas e físico-químicas e estabelecer índices de qualidade da água do rio.
Os dados serão utilizados como subsídio para a elaboração do plano de gerenciamento da bacia do rio Canoas.
Serão selecionados dez pontos de monitoramento ao longo do Carahá, começando pela nascente até a foz com o rio Caveiras, no município de Lages. As coletas, um total de dez, serão realizadas durante um período de dois anos.
Segundo o coordenador do projeto, o professor Everton Skoronski, por estar situado em sua maior parte próximo a áreas povoadas, ao longo de seu percurso o rio Carahá recebe importante parte do esgoto doméstico e industrial da cidade, comprometendo a qualidade de suas águas.
Além disso, frente a uma multiplicidade de alterações ambientais, as metodologias tradicionais de classificação de águas, baseadas apenas em características físico-químicas, claramente não são suficientes para a avaliação ecológica do ambiente. Conforme o projeto, faz-se necessário o desenvolvimento e a aplicação de metodologias que integrem as informações físicas, químicas e biológicas como o biomonitoramento utilizando-se organismos aquáticos como macroinvertebrados bentônicos e, dessa forma, estabelecer medidas de controle e prevenção a agentes poluidores.

“Os dados obtidos serão fundamentais para o monitoramento da qualidade da água rio Carahá, de forma a apresentar um diagnóstico sob o ponto de vista de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e biológicos”, destaca a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Michelle Pelozato.
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